Rui Manuel Gaspar Escreveu:
Boas Pedro

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Já passaram quase dois meses e a quantidade de Cianofitas ainda é bastante elevada.
Noto bastante nas bases dos corais e na RV fora o areão!
Com toda essa cobertura achas que a RV e o areão estão a fazer correctamente o processo de nitrificação?
Achas mesmo que vais conseguir resolver o problema só com TPA? Quando adicionares ao sistema a parte de corais não fotosintéticos não irás agravar ainda mais o problema?
Abraços,
Rui
Olá Rui
Já passaram 4 meses e não 2 e a quantidade de cianófitas não é elevada como referes! além disso pode ser confirmada por pessoas que lá vão ver a Lagoa além dos vídeos e fotografias. O que tu vês nestas ultimas imagens, são surtos que neste caso resultaram de uma troca de água que me alterou o nível de água na caixa depuradora e em consequência fez transbordar os escumadores ... uma situação que de resto se resolveu rápido porque os próprios escumadores também actuam rápido.
Neste caso pelo menos e na minha experiência, as trocas parciais de água abundantes são suficientes. Tem de se ter muita paciência, poucos peixes e o alimento seja praticamente todo consumido, regularidade nas trocas e volume de água trocado. Nem todas as pessoas têm meios para tal, seja como for o que se assiste muita vezes é a "impaciência" e/ou o excesso de confiança que levam a exageros que ficam fora de controlo e depois não compreendem o porquê das coisas. Neste meu caso acresce o que já escrevi acima em reposta ao Ricardo Rodrigues
Pedro Nuno Escreveu:
Não, não sifono o substrato até porque a Lagoa quase não tem substrato, ou seja, tem areia de coral que é suficiente para fazer um tapete fino sobre a base de vidro, só isso, e que facilmente é retirada se um peixe ou até eu ou o dono da Lagoa que é o meu filho, mexermos nessa areia por exemplo para reposicionar ou posicionar um coral, mesmo assim em alguns sitios tem alguma espessura para permitir a uma Halicoeres que veio do Mar das Gorgónias (e ainda não saltou da lagoa ... saltou uma vez mas porque lhe mexemos no sitio onde estava e claro voltamos logo a lá colocá-la). As cianófitas resultaram de um ciclo longo que não estava nos planos mas acabou por ocorrer porque entre outros o substrato de areia do Mar das Gorgónias foi todo substituído e também foram lá colocadas várias rochas não curadas e metade da RV que tinha foi retirada. Como disse isto não estava planeado mas teve der ser assim e por isso o resultado. Neste momento temos uns Kg largos de RV a curar num sistema bem maduro há cerca de semana e meia, para colocar numa das caixas depuradoras que em breve serão instaladas e isso ajudará a consolidar o equilibrio do sistema. As cianófitas estão a desaparecer muito regularmente como se pode ver no vídeo feito ontem e um outro feito hoje de manhã que colocarei logo que esteja disponível. Pode-se comparar com vídeos e imagens anteriores, pode-se ver a marca deixada por um frag de "Milka" que mudamos de posição ontem para que receba mais e melhor luz, nomeadamente do sol da manhã, as cianófitas estão a desaparecer cada vez mais e a um ritmo razoável para não gerar impactos e consequentes desequilíbrios biológicos bruscos, já não se formam películas flutuantes. Tudo isto é resultado de trocas parciais de água e poucos peixes que é o suficiente como de resto a experiência que tenho nessas situações mo confirma.
Dito/Escrito isto não é fácil recomendar isto à maioria das pessoas porque exige muita experiência não no sentido de executar, até porque é simples, mas sim de cumprir, e o habitual é as pessoas quererem tudo para ontem e se possível para a semana passada e acresce a isto que "ter o mar todo não chega e a salada de frutas marinha é que é objectivo porque é imperativo experimentar tudo antes que a sombra nos vele os olhos, mesmo que isso pouco ou nenhum significado tenha, enfim sociedade de consumo sempre insatisfeita", as modas do momento e os elixirs milagrosos, a ansiedade, a falta de experiência ou excesso de confiança, a "preguiça" de efectuar as trocas de água seja por dificuldade de efectuar tal seja por motivo de falta de meios materiais, seja por não se adequar ao modo de vida seja por ambos ... etc ... incompatibilidade entre organismos alojados, e muitas outras coisas que com o passar dos anos e experiência acumulada vão sendo atenuadas ...
ora nesta Lagoa isso já não se passa e até se pudermos lá colocar os pés a refrescar enquanto os camarões efectuam uma limpeza cutânea, será ainda melhor ... mas será bem ter um escumador com injecção por venturi mazzei porque por muito bem limpos e lavados que estejam os pés, a gordura corporal natural na água, tem os seus efeitos nefastos para a qualidade da mesma e como não podemos acrescentar cloro como nas piscinas ... . Relativamente aos azoox, só temos dois, são a Nephtyigorgias vermelhas que só ontem receberam alimento e já não recebiam desde Março passado, alias uma delas esteve fechada uns 6 meses antes disso, são corais muito resistentes e adequados para quem se pretenda iniciar com azoox, não pela sua resistência como facilidade de alimento e de alimentar, dado que aceitam alimento grande como por exemplo o plâncton vermelho. Só poderemos aumentar o numero de azoox se de facto dispusermos de uma escumação agressiva e maior volume de água bem como mais base biológica, o que se prevê com o acoplamento das duas caixas depuradoras de 600 litros brutos cada que têm já RV destinada e a curar num sistema maduro, além disso acresce o mega escumador em conjunto com as trocas de água regulares e mais abundantes e será sempre um processo lento de adição de organismos e desses os mais complexo ficam de fora.
Isto está planeado e previsto como tenho escrito e mesmo que não tivesse, já agora aproveito para informar que começamos a dar plâncton vivo que recolhemos no mar, nesta caso aproveitamos a ultima recolha de água natural e o meu filho Nuno Pedro, efectuou a recolha do plâncton vivo com a rede de 60 mícron que temos. Esse plâncton foi colocado na zona das Stylophora magenta com pólipos verdes, e estas reagiram abrindo mais os pólipos bem como a porites com os vermes árvore de natal. Sabemos que isto tem riscos e que um dia poderemos chegar a casa e ter a
Godzilla sentada no sofá a palitar os dentes à nossa espera para nos fazer a folha, mas tudo tranquilo porque encaramos a coisa como amanhã nunca ser a véspera desse dia ... e se for paciência ... enjoy

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Seja como for as coisas não são lineares e pode haver alterações ou podemos até não poder concretizar certos aspectos ... logo se verá ... para já temos uma ideia.
As trocas parciais de água são suficientes mas limitantes na medida em que exigem paciência e tempo e normalmente não permitem logo colocar mais peixes, seja como for, todo o processo é lento, progressivo e não temos pressa nenhuma e seguimos a ordem que a experiência nos ensinou ... 1º os corais, em seguida crustáceos e só depois peixes e estes a um ritmo lento, o que para nós é óptimo e adequa-se ao nosso modo de vida e meios.
O outro vídeo que ia colocar aqui está desfocado

... logo ou amanhã de manhã faço outro

... mas o melhor entretanto é vires cá a casa ver, podes aproveitar uma altura que se vá efectuar uma recolha de água ao mar.