Boas Cesar, colheradas tuas são sempre bem vindas nem devias pedir desculpa
. E mestre aqui não sou eu, é mais tu
!
Bem, não imaginas a quantidade de vezes que já li esse artigo para tentar explicar o que se passa por aqui em casa, mas o próprio artigo é confuso ao explicar o que acontece e ás vezes até se contraria.
Exemplo... pág 15 ainda antes das figuras:
..."
A crossover in the ‘plating’ or ‘table’ form can be found when we look at the structure of
some shallow water species to those found at greater depth. Whereas the deeper water
species commonly grow as a solid flat plate with limited surface texture to disrupt the light
capture process (Image 1a), many shallow water tabling species such as A.millopora will take
on a similar wide table formation that is instead constructed via the fusing of multiple short
vertical branches, giving a spikey appearance similar to that of a pine forest (Image 2a). In
such cases it may be worth considering the possibility that this growth formation may be less
to do with capturing as much light as possible at peak times of intensity, and more to do
with limiting peak exposure by reducing vertical facing surface area in favour of capturing
light at preferred phases in the daily light cycle, ie when peak intensity is at a lower, more
usable level (early to mid-morning or mid to late afternoon) and closer to the corals own
photosaturation threshold.."...
O problema é que ele explica o que se passa na natureza com o sol a ter diferentes itensidades e diferentes angulos devido á sua rotação natural do nascer ao por do sol. Em nossas casas é tudo diferente, principalmente quando usas HQI e/ou Focos Led porque o ponto de luz é focal e está parado sempre no mesmo sitio (no meu caso sempre com a mesma potencia) o que origina crescimentos e condições completamente diferentes das da natureza.
Aquilo que mencionas é verdade e é o que se passa a grandes profundidades e está explicado no artigo, ou seja, o coral abre no seu crescimento para tentar aproveitar o máximo de luz possivel devido á redução de luz e redução de certos espectros de luz. Já á superficie ele diz que o coral tenta não expandir mas sim manter-se vertical ao máximo para reduzir as áreas de captação de luz e assim reduzir as possibilidades de excesso de luz e conseguente photoinibição e depois diz há e tal isto acontce mas também não acontece... no exemplo que te dei acima com as milleporas (interessante porque a caliendrum que lá tenho está a crescer tipo isso, para os lados, mas depois tem sempre pontas para cima).
Agora o que acho que se passa lá em casa e que tem a ver com o que o Ricardo disse é o seguinte:
Tenho dois pontos focais e um precisamente mais ou menos por cima dessa ilha onde os corais estão a abrir muito comparadamente com o que se vê em outros aquários com as mesmas especies. Exemplo mais critico é o da montipora digitata laranja... aquilo antes de começar a crescer e a ganhar pontas começou a encrostar na rocha. Encrostou por uns dois meses sempre a fugir para os lados e nunca criou pontas. Começou a criar pontas e a crescer precisamente para os lado onde não tem tanta luz, ou seja, em direção ao vidro, a fugir portanto do foco, ou da parte do foco onde a luz é mais forte, mais intensa.
Outro factor importante nestes focos é a sua lente... tem lente bem fechada de 60 graus o que que concentra a luz num circulo de uns 40cm, talvez menos. A minha teoria é que nesses 40, va lá, 30cm a intensidade é tão grande que os corais sofrem e começãm a fugir para os lados, até porque a intesidade é grande e durante muito tempo e sempre da mesma direção, ou seja, mesmo de cima deles, sem diferençã de angulos.
O que me leva a concordar com a observação do Ricardo é que todos eles "fojem" de crescer em direção do foco e adornam para os lados... não vejo nada a crescer verticalmente nessa área. Por outro lado, tudo o que lá coloquei mais exigente ou requintado foi tudo para o espaço, pontas queimadas ou não crescem e acabam por branquear, suspeito de photo-saturação! ...a Setosa que supostamente é chata, está um pouco mais abaixo no plano das outras mas crescer em direção ó foco é pouco, anda a fugir em direção ao vidro também.
Cesar, se reparares na ilha ao lado... a rocha é maior e mais aproximada do meu outro foco, o da esquerda. Nessa rocha o seu topo fica mais ou menos a meio do aquario não há lá nada que vingue a não sei um frag de montipora digitata laranja. Advinha como está a crescer? Encrustada... crescimento vertical muito baixo sempre á procura de zonas com menos luz e sempre encrustada á rocha. Agora começou a ganhar umas pontas mas em direção ao vidro.
Tinha um frag verde lindo da acropora do Paulo... estava a crescer lindamente na parte de trás dessa pedra da esquerda mas estava a fugir do foco e a crescer para o vidro de tráz... Só morreu porque quando tive o aquário invádido de aptasias queimaram a base toda do coral, começou a perder tecido e foi por ai acima, já não consegui fazer nada.
Como bem disseste á já uns meses medi o PAR do aqua mais o João Tomás. Superficie dava qualquer coisa como 800 de Par, meio aquario 400 a 500 e areão andava entre os 150 e os 300 conforme o sensor estava mais próximo dos focos ou não. Penso que é suficiente e em certas áreas até é demais... Qulquer coisa como 180 a 200 PAR de leds aguenta qualquer coral duro segundo as palavras e análises do Dana Riedle.
Depois disto tudo... e aliado a outras coisas que vou lendo e vendo começo a pensar que tenho luz a mais e não a menos... ou melhor, intensidade focal a mais e não a menos devido aos focos e ainda mais devido ás lentes. Os corais não acastanham... ganham pontas queimadas ou entram em STN, fruto de, penso eu, excesso de luz e entram em choque a partir de certa altura. Se verificares no meu aquário antes deste, aquela stag que lá estava enorme no topo, em todos os aquários era verde com pontas azuis. No meu não, era toda azul dos pés á cabeça, penso eu do excesso de iluminção por estar tão perto do foco, e foi a maneira que arranjou de se proteger.
O exemplo mais simples para mim de comparar com o que se está a passar, foi aquele aquário TOTM só de leds com lentes de 40, mas que os mantinha a 1.20 metros do aquário. Os corais lá estávam todos bem, grandes e bonitos, provavelmente porque a altura a que os leds estãvam/estão salvaguardam a intensidade das lentes de 40.
Não posso trocar as lentes..., no meu aqua das duas uma... ou aumento a altura dos leds (mais dificil de conseguir, por causa do chapéu), ou diminuo a intensidade dos focos kessil e vejo como os corais reagem á falta de luz. Espero chegar a alguma conclusão.
Concordo contigo quanto á importancia da quimica e qualidade da água em deternimento da iluminação. 100% de acordo!
Quanto á água e idade do aquário... épa Cesar, vai fazer agora em Dezembro um ano, já devia aguentar pelo menos com uma tenuis ou uma millepora ou algo mais simples como uma válida. Não vou muito por ai, até porque sou rigoroso com as TPAs mesmo quando não tenho muito tempo para o apreciar ou olhar para ele, dar aquela olhada clinica
...
Obrigado pelo teu post
.